terça-feira, 16 de janeiro de 2018



O Budismo e a visão sobre o sofrimento


Somos instruídos desde que nascemos a procurarmos o que nos faz feliz, uma busca pelo prazer, tentando evitar ao máximo as situações negativas/dolorosas. Mais cedo ou mais tarde, qualquer ser humano viverá uma experiência em que alguma situação/pessoa não o conseguiu satisfazer plenamente.

A vida tem várias facetas e o sofrimento é uma peça inerente a este drama existencial.
Quando o sofrimento surge na vida de uma pessoa, através da perda de alguém próximo, o processo de envelhecimento, as doenças, as separações numa família, compreendemos que todos os seres humanos onde quer que se encontrem, mais cedo ou mais tarde têm que enfrentá-lo.

Existe duas formas de lidar com o sofrimento: ou a pessoa foge da situação negativa/situação dolorosa ou por outro lado, tenta compreender mais profundamente o que está por detrás desse acontecimento.

Devemos compreender que tudo na vida é passageiro, tudo flui, tudo é transitório. Quando o sofrimento passa, ele dá lugar a estados positivos existenciais, como é o caso da felicidade.
A roda de samsara (ciclo de existências) explica-nos que tudo na vida tem o seu oposto, ou seja, a experiência existencial de cada ser humano é um conhecimento/constatação que na vida existe uma dualidade da realidade. Exemplo: dia e noite; branco e preto; alegria e tristeza; riso e choro, etc…
Ninguém consegue escapar a esta dualidade em que vivemos.

Buda aponta para um exemplo claro de sofrimento que é o caso de uma pessoa adquirir algo que não desejava e outra situação é uma pessoa não conseguir obter uma coisa que desejava.

Quando isso acontece, deve-se questionar: “O que é que eu quero para mim?” Quando entramos em meditação, devemos praticar uma introspecção e fazer dessa questão um mantra de estudo pessoal.



                        Fig.1 – Budismo e a visão dualista da vida


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