O Budismo e a visão
sobre o sofrimento
Somos
instruídos desde que nascemos a procurarmos o que nos faz feliz, uma busca pelo
prazer, tentando evitar ao máximo as situações negativas/dolorosas. Mais cedo
ou mais tarde, qualquer ser humano viverá uma experiência em que alguma situação/pessoa
não o conseguiu satisfazer plenamente.
A
vida tem várias facetas e o sofrimento é uma peça inerente a este drama existencial.
Quando
o sofrimento surge na vida de uma pessoa, através da perda de alguém próximo, o
processo de envelhecimento, as doenças, as separações numa família,
compreendemos que todos os seres humanos onde quer que se encontrem, mais cedo
ou mais tarde têm que enfrentá-lo.
Existe
duas formas de lidar com o sofrimento: ou a pessoa foge da situação negativa/situação dolorosa ou por outro lado, tenta compreender mais
profundamente o que está por detrás desse acontecimento.
Devemos
compreender que tudo na vida é passageiro, tudo flui, tudo é transitório.
Quando o sofrimento passa, ele dá lugar a estados positivos existenciais, como
é o caso da felicidade.
A
roda de samsara (ciclo de existências) explica-nos que tudo na vida tem o seu
oposto, ou seja, a experiência existencial de cada ser humano é um conhecimento/constatação
que na vida existe uma dualidade da realidade. Exemplo: dia e noite; branco e
preto; alegria e tristeza; riso e choro, etc…
Ninguém
consegue escapar a esta dualidade em que vivemos.
Buda
aponta para um exemplo claro de sofrimento que é o caso de uma pessoa adquirir
algo que não desejava e outra situação é uma pessoa não conseguir obter uma coisa
que desejava.
Quando
isso acontece, deve-se questionar: “O que é que eu quero para mim?” Quando
entramos em meditação, devemos praticar uma introspecção e fazer dessa questão
um mantra de estudo pessoal.
Fig.1
– Budismo e a visão dualista da vida
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