sábado, 18 de novembro de 2017






Nota:
Esta fábula foi criada por Ésopo (Nessebar, 620 A.C. – Delfos, 564 A.C.). Este escritor viveu na Grécia Antiga e ele foi o criador de várias fábulas populares. Com Ésopo, criou-se um novo género literário (as fábulas).





Fábula do rato e dos animais da quinta



Certo dia, um rato olhou por um buraco da parede e viu o fazendeiro e a sua mulher receberem um pacote. O rato ficou logo a pensar que seria comida.
Assustado, descobriu que os donos tinham encomendado uma ratoeira.
Correu logo de seguida a avisar todos os outros animais:
- Cuidado que há uma ratoeira dentro de casa!
Ao ouvir isto, a galinha disse:
- Sr. Rato, peço desculpas por dizer isto mas esse problema é seu e não meu.
Quando o rato falou com o porco, este disse-lhe:
- Sr. Rato, esse problema não me diz respeito. Vou lembrar-me sempre de si quando estiver a rezar.
Quando o rato falou com a vaca, esta disse-lhe:
- Uma ratoeira dentro de casa? E daí? O problema é para quem está lá dentro a morar.
Depois de ter falado com os outros animais da fazenda, chegou a casa muito triste.
Nessa mesma noite, ouviu um barulho e foi espreitar.
A ratoeira tinha apanhado uma cobra venenosa e no meio da escuridão, a mulher do fazendeiro foi mordida pelo bicho.
A mulher do fazendeiro teve que ir receber assistência.
Quando voltou, começou a sentir febre.
Para fazer uma refeição para alimentar a sua mulher e fazer-lhe passar a febre, o fazendeiro fez uma canja de galinha.
Os dias foram passando e a mulher do fazendeiro continuou doente e os vizinhos e família foram visitá-la.
Para ter uma refeição para tanta gente, acabou por sacrificar o porco.
A mulher do fazendeiro acabou por não conseguir recuperar.
No dia do enterro, acabou por sacrificar a vaca.










Moral da história:

Da próxima vez que lhe disserem que há um problema e você pensar que o problema não lhe diz respeito, pense duas vezes, porque mesmo estando a ratoeira em casa, tudo à sua volta corre perigo. O problema de um torna-se o problema de todos.




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